Listamos 10 motivos para você investir no setor de biogás e biometano. Te garantimos uma coisa: que essa lista poderia ser ainda maior, mas inicialmente vamos partir destes 10 pontos.
E quando falamos de investimentos, nos referimos a recursos financeiros, ações, modelo de negócios e também em conhecimento e desenvolvimento tecnológico.
De forma rápida e objetiva descrevemos os 10 principais motivos que valorizaram o avanço do biogás e o biometano no Brasil. Entretanto, vale ressaltar que, cada item tem potencial para discorrer muito mais conteúdo, debates e dados (o que faremos futuramente).
Sempre orientamos que as soluções sejam construídas por profissionais capacitados e com experiência mercadológica. Para isso existem empresas de excelência no Brasil, que podem te apoiar na formatação de projetos e analises de viabilidade. Se você precisar e quiser algumas referências, conte com a nossa equipe – podemos te indicar empresas parceiras e de confiança. Se este for o seu caso, mande e-mail para: [email protected], que nós te responderemos. E lembre-se, sempre – ao final de cada texto da Amplum Biogás, você recebe gratuitamente e sem a necessidade de inscrição, uma indicação de material complementar, para continuar absorvendo mais dados e informações sobre o setor de biogás e biometano.
Invista em:
1. Uso energético do biogás produzido em aterros sanitários e estações de tratamento de efluentes/esgoto;
Naturalmente, pela decomposição de matéria orgânica, aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto, produzem biogás – entretanto, geralmente ele não é aproveitado, ou até mesmo é queimado em flares. Uma excelente alternativa é captar o biogás e utilizá-lo para geração de energia elétrica ou produção de biometano. Municípios e/ou empresas particulares de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) têm muito a ganhar com essa estratégia e podem incluir a fonte no modelo de negócios de gestão de RSU.
2. Codigestão de resíduos e efluentes para aumento da eficiência de indústrias e agroindústrias;
O processo de biodigestão pode ser feito com os mais diversos tipos de resíduos orgânicos (substratos). E a mistura de diferentes substratos, a codigestão, pode melhorar ainda mais a eficiência no processo de digestão anaeróbia.
Portanto, essa flexibilidade de alimentação dos biodigestores pode aumentar a viabilidade de plantas de biogás, tanto no ambiente rural quanto no urbano.
Sendo assim, além da produção energética, a codigestão possibilita o tratamento de resíduos de origem diversificada, o que é interessante para empreendimentos, indústrias, agroindústrias que possuem efluentes e resíduos orgânicos como resultado dos processos produtivos.
Isso pode levar à redução de custos de produção e aumento de eficiência energética utilizando as variadas aplicações do biogás, ou ainda a novos canais de captação de recursos.
3. Redução de demanda de área em aterros sanitários pelo uso de resíduos orgânicos e aumento da vida útil do aterro;
Vamos iniciar com um exemplo: resíduos de feiras, Ceasas e restaurantes, são resíduos limpos e já selecionados. É um desperdício de recursos, misturar todo esse substrato com outros resíduos urbanos. Desta forma, um modelo de negócio interessante seria: direcionar tais resíduos diretamente para uma planta de biogás e/ou biometano, reduzindo, portanto, o volume de material destinado a aterros sanitários e ETEs – e com isso aumentando a vida útil do espaço destinado ao resíduo sólido urbano.
Cabe mencionar que: esta solução também pode ser uma alternativa interessante no caso de gestores de municípios e estados, incluírem no debate programas de sensibilização a população, por meio de ações de comunicação e atividades socioeducativas quanto a separação efetiva de resíduos orgânicos (apenas restos de alimentos) e coleta separada dos mesmos par envio para o biodigestor.
4. Geração distribuída de energia elétrica ou geração para mercado livre e/ou para leilões;
O produtor de biogás com geração de energia elétrica com até 5MW de capacidade elétrica instalada, tem a possibilidade de injetar energia na rede e gerar créditos para usar quanto precisar ou em outras unidades consumidores.
Isso possibilita modelos de negócios pela comercialização desses créditos e redução de custos com energia elétrica. Além de reduzir perdas elétricas, reduzir o volume de investimentos em novas linhas de transmissão, a GD ajuda na diversificação da matriz energética local e nacional. Ainda no mercado regulado de energia, é possível vender a energia elétrica de biogás em leilões. Já no mercado livre, a comercialização é possível diretamente com consumidores.
5. Produção de biometano para frota de empresas ou comercialização, tendo o biometano como substituto de GN ou de diesel
Para quem opta por investir na produção de biometano, além de implementarem a fonte para uso, desde injeção no grid – ou mesmo para autoconsumo, veicular ou para aplicação industrial, essa produção também pode trazer ganhos com a comercialização do biometano.
Ele é uma excelente opção para a substituição do combustível fóssil (seja GN ou diesel), entregando um menor custo e a possibilidade de produção local, característica que se sobressai a outros combustíveis quem nem sempre chegam com facilidade em todas as regiões do país, além dos custos elevados de importação. Além disso, vale relembrar que a substituição pelo o biometano reduz significativamente a pegada de carbono da atividade.
6. Segurança energética: energia renovável e que pode ser armazenada e despachada conforme demanda;
Com a produção descentralizada de energia, o produtor tem mais segurança energética – uma vez que a produção diária de biogás pode suprir a demanda energética da sua propriedade ou indústria, garantindo o abastecimento em casos de queda não programada e interrupção do fornecimento da concessionária. Idealmente este modelo pode ser aplicado em comunidades isoladas ou distantes de grandes redes de distribuição, podendo este produtor de biogás abastecer microgrids e smartgrids.
7. Potencial de redução de emissões de carbono e de metano – Ganhos com certificados de energia renovável, créditos de carbono e/ou CBIOs;
Por meio do programa do governo federal, o Renovabio, as distribuidoras de combustíveis deverão comprovar o cumprimento de metas individuais compulsórias por meio da compra de Créditos de Descarbonização (CBIO), ativo financeiro negociável em bolsa, derivado da certificação do processo produtivo de biocombustíveis com base nos respectivos níveis de eficiência alcançados em relação a suas emissões. O que gera oportunidade para produtores de biometano, uma vez que podem gerar CBIOs pela comercialização e vender esses ativos no mercado.
De maneira similar, produtores de biogás podem comercializar certificados de energia renovável – como o I-REC, ou de gás renovável, como o Gás-REC, no mercado voluntário, agregando valor monetário aos negócios. Os créditos de carbono, mesmo que o processo seja mais complexo, a partir do momento que a empresa consegue aprovação do projeto, os ganhos financeiros tendem a ser muito atrativos.
8. Potencial de substituição de fertilizantes químicos, reduzindo a necessidade de importação;
Por meio da produção de digestato, subproduto da produção do biogás, rico em nutrientes, é possível promover a redução da aplicação de fertilizantes químicos na lavoura, o que diminui os gastos do agricultor com fertilizantes industrializados, gerando economia nos custos de manutenção da lavoura. Estudos comprovam ainda que a aplicação do digestato traz maior riqueza nutricional na lavoura.
9. Potencial de produção de hidrogênio e outros produtos (biorrefinaria);
O metano da composição do biogás, pode ser uma fonte energética para produção do hidrogênio verde, bem como existe a possibilidade da produção de CO2 (Dióxido de Carbono) para fins industriais. É possível também produzir biofertilizantes a partir do biogás, com possibilidade de valorizar o produto final no mercado. Estas aplicações são os mais novos desenhos de negócios para aplicação do biogás, precisam de investimentos e mais estudos, porém são uma grande tendência de mercado.
10. Energias renováveis, um dos setores que mais emprega no mundo
A Previsão da Transição Energética Mundial da IRENA (Agência Internacional para as Energias Renováveis) prevê que o setor das energias renováveis pode empregar 43 milhões de pessoas até 2050. O relato do IRENA e ILO sublinha o potencial a nível do emprego de uma estratégia climática ambiciosa e exige políticas abrangentes para suportarem uma transição justa. Ou seja, investir no biogás e biometano, fontes renováveis de energia, pode gerar oportunidades de trabalho e negócios.
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SUGESTÃO DE CONTEÚDO SOBRE O SETOR DE BIOGÁS E BIOMETANO: BIOGÁS NO BRASIL: Potencial de descarbonização a curto prazo – Relatório do Programa de Energia para o Brasil (BEP) do governo britânico e executado por um consórcio de organizações liderado pela Adam Smith International (ASI) e com a participação do Instituto 17 (i17), Carbon Limiting Technologies (CLT), hubz e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Material em PDF, link seguro.
https://i17documentos.blob.core.windows.net/documentos/RT01-2022.pdf