O planejamento energético é uma questão de crescente importância no Brasil, especialmente à medida que o país busca diversificar suas fontes de energia renovável.
Falando especificamente sobre o biometano, um gás produzido a partir do upgrading de biogás, obtido a partir da decomposição de matéria orgânica de forma anaeróbica, tem se destacado como uma alternativa promissora.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), e Panorama do Biometano – Setor Sucroenergético”, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que o potencial de produção de biometano de unidades sucroenergéticas é de 3,1 bilhões de Nm³, considerando os resíduos da agroindústria, aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto.
Essa capacidade representa uma oportunidade significativa para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e aumentar a sustentabilidade do setor energético nacional.
Nos últimos anos, investimentos e políticas públicas têm impulsionado a expansão do biometano no país. O Programa Metano Zero, lançado em 2022, visa fomentar a produção e uso do biometano, com metas ambiciosas para os próximos anos.
Além disso, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que, até 2030, a participação do biometano na matriz energética pode crescer de forma substancial, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e promovendo o desenvolvimento econômico local.
E é sobre isso que conversamos no 28º episódio da Amplum Podcast, onde nossa host, Vanice Nakano teve a honra de entrevistar Rachel Henriques, analista e consultora técnica na EPE.
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Soluções garantidas com o planejamento energético
Em cada nova entrevista, conseguimos mergulhar mais em cada vertente que significa o avanço energético no Brasil. Desta vez não foi diferente, estamos falando de redução das emissões de gases de efeito estufa, aproveitamento de resíduos orgânicos e claro, segurança energética.
O documento “Panorama do Biometano” liberado em dezembro de 2023 nos aponta que biometano não só diversifica a matriz energética como reduz a dependência de importações de combustíveis fósseis.
Essa diversificação é crucial para aumentar a resiliência energética do país, especialmente em um cenário de instabilidades geopolíticas e flutuações de preços de combustíveis fósseis que tanto estamos vendo nos últimos anos.
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Planejamento e execução: a base da transformação
Nossa convidada da vez, a Rachel Martins Henriques, engenheira química formada pela Universidade Federal Fluminense, mestre e doutora em planejamento energético pela COPPE/UFRJ, com parte da pesquisa desenvolvida na Universidade Católica de Louvain-la-Neuve na Bélgica.
Desde 2002 vem atuando no desenvolvimento de estudos relacionados ao Planejamento Energético, destacando oferta e demanda de biocombustíveis e mudanças climáticas.
Atualmente é consultora técnica na superintendência de derivados de petróleo e biocombustíveis, atuando na gestão de pessoas e na elaboração e/ou coordenação de estudos relacionados a etanol, biodiesel, bioeletricidade, biogás, e demanda energética do setor de transporte rodoviário de veículos leves.
Rodeada por todos os lados com a grandeza que o biometano representa, Rachel traz franqueza sobre o momento atual:
Eu entendo que com esse momento de consciência ambiental cada vez mais forte, essas as possibilidades de uso da molécula do biometano, seja pela sua competência ambiental, seja pela sua potência de se transformar em outras coisas, como fazer uma reforma de um nitrogênio, por exemplo, tende a ser uma grande possibilidade, seja para produção do HVO, para um SAF.(…) Por isso entendo que a molécula do biometano passa a ter um poder maior no médio e longo prazo.
Esse episódio está incrível! Rachel compartilha mais visões como essa, que você confere na íntegra do 28º episódio da Amplum Podcast com o tema “Planejamento energético: expansão do biometano no Brasil”.
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