Biogás e biometano: o legado de 2024 e o que esperar de 2025

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No dia 21 de novembro, a Amplum Biogás e o Portal Energia e Biogás promoveram o webinar “Biogás e Biometano: o legado de 2024 e o que esperar de 2025”. 

O evento foi dedicado a realizar uma análise dos fatos mais relevantes de 2024 para o setor, além dos avanços e desafios para o novo ano que se aproxima, por meio da opinião de grandes especialistas e referências do setor.

Transmitido ao vivo no Youtube da Amplum Biogás, do evento, derivou este artigo que é apenas uma breve apresentação dos pontos debatidos. 

Por isso, recomendamos que você acesse o evento na íntegra, lá você terá acesso a opinião completa dos convidados e pontos debatidos. 

O Webinar está disponível no canal do Youtube da Amplum Biogás. Para acessar, basta clicar aqui!

Os especialistas convidados representaram frentes diferentes da indústria de biogás e biometano, foram eles: Airton Kunz (Embrapa), Gabriel Kropsch (SINERGÁS), Paula Campos (Evolução Consultoria), Rafael González (CIBiogás) e Talyta Viana (ABiogás). A moderação ficou a cargo de Leidiane Mariani, CEO da Amplum Biogás, e Heleno Quevedo, fundador do Portal Energia e Biogás.

O webinar contou com o apoio institucional da ABiogás, do CIBiogás & Biogás Club, e do 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Biogás e biometano: o legado de 2024

Inicialmente os convidados compartilharam suas visões sobre os acontecimentos mais marcantes de 2024, incluindo o crescimento expressivo do setor, impulsionado por novos investimentos e pelo reconhecimento do biogás e biometano como peças-chaves na transição energética.

O Pesquisador Sênior da Embrapa, Airton Kunz trouxe alguns desses momentos marcantes para o setor. “Nos últimos dias tivemos dois eventos importantes: a aprovação da PL do mercado de carbono, que terá impactos positivos para o biogás, e a assinatura na COP29 em Bacu, da declaração de redução de metano a partir de resíduos orgânicos, com o Brasil como um dos signatários. Esses avanços, embora indiretos, certamente terão efeitos positivos para o setor”, ressalta.

Airton Kunz
Airton Kunz (Embrapa)

No entanto, outro destaque citado foi a aprovação da Lei 14.993/2024, nomeada como Lei do Combustível do Futuro, que regulamenta e incentiva a produção de combustíveis sustentáveis, como o diesel verde e o biometano.

A Coordenadora Técnica Regulatória da ABiogás, Talyta Viana enfatiza a importância desse marco. “A aprovação dessa lei estabelece uma política estruturante que impulsionará ainda mais o mercado de biometano nos próximos anos”, afirmou.

Talyta Viana
Talyta Viana (ABiogás)

Além disso, foram abordados a ampliação de parcerias, regulamentações estaduais, novas oportunidades de compra do biometano, além de iniciativas de descarbonização industrial e a importância de infraestrutura logística para viabilizar o transporte e a distribuição desse componente. 

Dessa forma, o CEO do CIBiogás, Rafael González também destaca a integração entre as diversas áreas que impactam o setor. “Eu diria que essa integração total entre diversas frentes de ação, seja na área regulatória, nas políticas públicas ou no mercado, passou a atuar de forma alinhada dentro de um cenário de crescimento”.

Rafael González
Rafael González (CIBiogás)

O Elefante na sala do setor de biogás e biometano

Em um momento intitulado “Elefante na sala”, Leidiane Mariani pediu que os especialistas apresentassem cada um, uma problemáticas do setor que todos vêem mas não discutem, como a necessidade de tornar o biometano competitivo em relação aos combustíveis fósseis, como o diesel, citado por , citado por Gabriel Kropsch.

Outro ponto destacado pela sócia fundadora da Evolução Consultoria em Negócios e Regulação, Paula Campos, é a competição entre os estados para ser mais sustentável. “Cada Estado busca se destacar, seja como o “mais verde” ou com outras nomenclaturas. Isso naturalmente gera alguma desarmonização, já que cada estado constrói suas próprias estratégias. Isso não é ruim, mas uma característica da realidade brasileira, não apenas no setor de gás ou biogás, mas em diversos outros contextos”, conclui.

Paula Campos
Paula Campos (Evolução Consultoria)

Além disso, foram debatidas as limitações na infraestrutura de gasodutos e a relevância de alternativas, como o transporte rodoviário de GNC e GNL. 

Da mesma forma foi destacada a dificuldade em integrar a valoração de atributos ambientais ao fluxo de caixa dos projetos e os entraves na regulamentação e no uso eficiente do digestato como fertilizante, o que limita seu aproveitamento. 

O fundador da Sinergás, Gabriel Kropsch expôs outro desafio que o biometano enfrenta. “Hoje, o biometano ainda não é uma commodity, embora tenha aparência e características que se assemelham. Ele não alcançou esse status porque ainda falta liquidez, que é um dos pilares fundamentais para algo se tornar uma commodity”.

“No entanto, ele já possui outras características essenciais, como fungibilidade. Eu acredito que, no futuro, quando o biometano se tornar uma commodity, a regulamentação precisará se ajustar para acomodar essa nova realidade”, conclui Gabriel.

Gabriel Kropsch
Gabriel Kropsch (SINERGÁS)

Você também pode gostar de: Distribuição de biometano para a indústria pelo modal rodoviário

Biogás e biometano: perspectivas para 2025

Para encerrar, os anfitriões e convidados compartilharam suas perspectivas para o próximo ano, ressaltando a importância de consolidar regulamentações que aumentem a atratividade e segurança dos investimentos.

O fundador do Portal Energia e Biogás, Heleno Quevedo está esperançoso com o setor. “Eu gostaria de destacar a realização de ver, após tanto tempo no mercado de biogás, o setor se consolidando e gerando oportunidades de negócios em todas as escalas e diferentes segmentos. Isso é algo extremamente significativo e merece ser celebrado”.

Heleno Quevedo
Heleno Quevedo (Portal Energia e Biogás)

Ficou evidente a necessidade de promover a integração entre pesquisa, tecnologia e indústria, além de incentivar a nacionalização de tecnologias e de expandir as biorrefinarias. 

Por fim, a CEO da Amplum Biogás, Lediane Mariani destaca também a importância da nacionalização da tecnologia. “Sem isso, continuaremos dependentes de importações e não atingiremos nossos objetivos de geração de empregos e desenvolvimento da indústria. É essencial tornar atraente e competitivo para fornecedores produzirem equipamentos no Brasil, como biodigestores e sistemas de upgrading, para aproveitar todo o potencial da indústria”, afirma.

Leidiane Mariani
Leidiane Mariani (Amplum Biogás)

Para 2025, esperam também o avanço no mercado regulado de carbono e no reconhecimento de atributos ambientais como ferramentas econômicas para impulsionar o setor.

Acesse o evento completo e confira todos os debates do webinar “Biogás e Biometano: o legado de 2024 e o que esperar de 2025”. Clique aqui! 

E você, o que achou? Conte para nós! 

Moderadores e convidados do Webinar
Participantes do webinar “Biogás e Biometano: o legado de 2024 e o que esperar de 2025”

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